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Poética
da leveza Redescobre a cor no começo dos anos 80 e os trabalhos, quer sejam pinturas ou objetos e esculturas, ganham uma dimensão lúdica, sem perder a coerência e a capacidade de divertir com inteligência. Um poeta da arte e um artista da poesia. Um escultor que trabalha com a cor e com o espaço e um pintor que medita sobre a forma, o traço e a cor no plano da tela. A arte de Almandrade dialoga com certas referências da modernidades, reinventando novas leituras. Trabalha com o mínimo de elementos pictóricos, duas ou três cores, dois planos, duas ou três texturas, um traço, etc. e vemos uma pintura, um objeto e uma escultura. Algo criativo que menosprezamos ao primeiro olhar, mas logo que somos mergulhados no clima que eles nos impõe, descobrimos alguma coisa de novo. A simplicidade que predomina nas composições desperta a imaginação e o raciocínio. Sua poesia
também traduz esse princípio de uma poética
do mínimo e da leveza. Poucas palavras, versos curtos e soltos,
sintéticos, muitos sem títulos e sem floreios. Artista
plástico, poeta e arquiteto, Almandrade (Antônio Luiz M.
Andrade) é um pioneiro da contemporaneidade na Bahia, embora sem
o reconhecimento que seu trabalho merece. Como disse certa vez o poeta
Cleber Borges: “Almandrade é uma daquelas personagens aparentemente
deslocadas no tempo, ou à parte, que parece caminhar para o lado,
quando o relógio insiste em tocar para frente”. Assim é sua
poesia e sua arte. |
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